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sábado, 23 de janeiro de 2010

Mesa Vazia



Como eu queria que você estivesse aqui
Já não tenho por onde correr
Eu tento agarrar em mim
Mas sou gélido e cruel
Encubro minhas lágrimas
Pra transmitir a paz que eu quero
E por mais que o copo enxarque
Meu gole é silêncio doentio
Silábico aroma de fel
E por mais que você me ajude
Seu amor é um tanto vazio
Tão vazio que nunca existiu

Parece que o bar vai fechar. E muitos ainda bebem a última dose insaciados em uma noite sem luar. Aquele beijo não aconteceu, e o único som acolhedor é de uma chuva que abraça as ruas. O tempo marcado na pontualidade do relógio acusa a madrugada.

Admirando os presentes tão descrentes eu me despeço com o último gole de palavras:

_ A conta, por favor.