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domingo, 3 de janeiro de 2010

Esse Texto É:

Incoerente

Disléxico

Estupidamente prepotente

Em cada verso


Um afresco pueril

Pintando cada impasse

Com azul-borracha

Apagando o guache


Ao Contrário

Deliciosamente irônico

Entre os espaços


.


.

Incompreensível?!


Agradeço somente aos ventos que passaram por minha pele,

ao tempo que não cessa um minuto tirando o restante de vida que ainda me restam,

aos restos do comida indigestos alimentando os indigentes,

aos venenos que alucinam os bitolados nas noites de sábado,

a minha carne macia e a todos que dela experimentaram,

as doenças do sexo e do sangue,

a todos os pedestres caminhando cegos nas ruas,

aos ouvintes,

aos leitores,

aos sentidos ausentes.


Um abraço!


(Athila Goyaz)