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quarta-feira, 22 de junho de 2011

Ceia de Domigo

Ceia de domigo

De carne vermelha

E pele dourada

Assim fomos feitos um pro outro

Na mesa você estava

Deslumbrante

Suculenta

Eu pude notar

A azeitona preta

Estava vencida

Mas valeu

Cada mordida

Eu fartei, lambi o beiço

Enchi a barriga

E agora tudo passa

De solidão e sobremesa

A braguilha aberta, a fala à mesa, a comida

Em decomposição

Decomposição

Nada mais a fazer

O prato limpo, a sala, o tempo , o tédio, a TV

E o jornal

A sessão da tarde se abrindo

E eu no quimo indigesto, entregue a uma ceia de domingo

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Ps: Se alguém lembrar do coelhinho da Páscoa, tudo bem :)