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segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Amor à prova de balas

Ela estava inquieta, mal respirava. Enquanto olhava pelo projetor a multidão em alvoroço festejando a morte e a perseguição de sua nação pelas mãos de um belo rapaz, ela planejava de modo astuto queimar o local com todos dentro.

De repente , entre os tiros e barulhos que surgiam da tela a porta bate. Era ele, o jovem de guerra, assassino por natureza, fugindo de sua condenação pelas cenas já aplaudidas. Ela o odiava, e por mais interessante que fosse , sua bravura e valentia não valiam de mais nada. Pra ela, ele era o assassino de seu povo.

Ele a procurava pelo simples fato de ser impossível, desinteressada e rebelde. Tinha todas as mulheres nas mãos, menos ela.
Tenta trancar a porta, mas ele a arromba, agride, ele não aceita não ser o seu escolhido.

A espera da distração do rapaz ela saca o revólver da bolsa e atinge as costas do herói de guerra com quatro tiros.

Voltou a observar a multidão de sua sala, e por um instante ela olha o rapaz na tela. Tanta bravura, os olhos sagazes lutando para sobreviver em um ambiente hostil. Ela se apaixona pelo homem que havia acabado de atirar. Se aproxima dele para dar o último adeus quando é surpreendida por ele. Foi cravejada com cinco tiros no peito.

Olharam-se até a última despedida. Dois corações palpitando em morte agonizante...