Contei com a ajuda do peito, um amigo e uma flor
Os raios apontam a seta da seiva que sou
Cantei por candura aproveito a cadência e o tombo
Sobre a poça escura reflete a lua sem sombra
Cantei por honra
Contei migalhas
Cresci combatente do lápis que perdeu a cor
Eu sou a semente impressa que não germinou
O leite que sorve pro leito do quarto crescente
A folha molhada, a cunha e o talho inocente
Verniz, madeira
Vadio, canteiro
Contei com a dura estrada que aqui me levou
Debaixo da escada, o móvel imóvel que sou
Cantei a paúra do passo desgosto de gente
Que vive tentando alcançar patamar diferente
Cupins e traças
Eu vim de graça
Cantei por honra
Contei migalhas
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Feito madeira velha
Oco
Duro por fora
Vazio por dentro...
sábado, 11 de setembro de 2010
Canto móvel
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14 comentários:
cantar sempre e lavar a alma ... adorei o poema e a música ...
bjux
;-)
Olá menino
Acho que o amor bateu à sua porta. Você anda muito inspirado. Adorei tudo.
Bjux
"O leite que sorve pro leito do quarto crescente"
livre associação mental. Assim nascem a música e a poesia que espelham a luz do quarto crescente.
Nossa esse poema me tocou demais.
abraços
delícia.
Meninão, tuas poesias e composições musicais são o máximo. Adoro teu cantar.
Já tava sentindo falta, não demore tanto a musicar por aqui.
Abraços, tenhas um ótimo domingo.
Bem, volto pra dizer que há surpresinha pra ti em meu blog.
Não se ofenda. Opine, critique...
Abraços.
Que poema fantástico!!!
Abração
Absolutamente delicioso.
Ih, acho que você trocou, colocou a "Balada do Casal Separado" pra tocar. Ou essa era a ideia mesmo?
Abraço
Valeu Rafael, o áudio estava trocado mesmo!
Uma delícia de ler e ouvir.
Queria ter essa dom de colocar melodia no que escrevo. Ficou muito encantador!
Inspiração é tudo na vida da gente!!
E você é um tio babão! rsrsrs
Agora, enfim, ouvi teu canto móvel e aconselho: mova-se em direção ao canto, à música, pois são teu canto, lugar.
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