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segunda-feira, 12 de abril de 2010

Coisas que eu queria deixar pra trás

Quero assistir o meu fim como uma cortina se fechando depois de milhares de aplausos. E de camarote dizer que você foi o melhor Ato da minha vida.

Ninguém morre no mundo da fantasia, nem Aninha morre. Por isso eu quero que você se lembre de cada palavra dita sobre o pé de seus ouvidos e de cada sonho inventado como escudo de esperança.


Não que eu queira escrever para todos ou ser uma figura universal, mas quem nunca amou na vida que pare de ler essas linhas tortas nesse instante.

Vou deixar que o tempo se encarregue das celas e barreiras que existem para nos afastar. Vou me acostumar com o orvalho de todas as manhãs, pois eu sei que é provável que eles sequem à tarde.

Coisas da sua cama, resquícios de amores sujos e o manual do provável incorreto como peso da porta. Coisas que eu queria deixar pra trás.

Não há lágrimas sequer em olhos de mentira e não há mais pelo que agradecer quando eu prefiro deixar a noite passar com o celular desligado. Só porque eu não falei de você no inverno não significa que não foi importante, mas sim que as verdadeiras lágrimas caem quando não há mais poesia.

9 comentários:

Nara disse...

"Vou deixar que o tempo se encarregue das celas e barreiras que existem para nos afastar."

E eu vou tentando destrui tudo isso.
E siutação diferente, claro.

Beijo,
Nara

Anônimo disse...

Sem convites entrei aqui. É incrível como a liberdade sem fronteiras nos transporta para outros lugares tão bons para se estar. E é ainda mais incrível como todos nós estamos condicionados a viver por mais distantes que sejamos inteiramente... as mesmas obras sentimentais.

'...as verdadeiras lágrimas caem quando não há mais poesia.'

Palavras perfeitas... 'muito belo'... [ riso ]
Abraço forte.

Rapha disse...

Dizem que quando lêem coisas assim cada um tem sua interpretação... De qualquer forma, achei que foi um post tão sincero e impossível de não se identificar.

Bjs

Luis Fabiano Teixeira disse...

Athila, me ensina a morar em lugares livres? Adorei o seu comentário. Abração!!! P.S. Sobre o post: Se não há poesia, há o desencanto.

Jou Jou Balangandã disse...

Nossa, que lindo!
Bateu lá no fundo da alma.

Bjous

Beto Mathos disse...

Bonito demais. Como diria Cortazar, "nos quebra os ossos e nos deixa caídos em meio ao quintal".
Abraço"

me Gusta. disse...

As verdadeiras lágrimas quando realmente não há mais poesia.

E eu acho que é isso que o tempo faz, nos faz deixar pra trás o que não foi importante ou o que de alguma forma machucou...
...e nos deixa o presente, lembranças boas, porém marcadas de alguma forma, para nunca esquecermos.

Perfeito o texto Athila, como sempre, perfeito!!!

Abraços!

Priscila Rôde disse...

Se não há poesia,
o que há?

Beijo.

Jeferson Cardoso disse...

Olá Iluminado! Não repare em minha visita relâmpago, mas venho lhe convidar para ler o novo capítulo de “O Diário de Bronson (O Chamado)” e deixar o seu comentário.

Retornarei com melhores modos e mais tempo. Tenha um ótimo final de semana. Abraço do Jefhcardoso!