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quinta-feira, 13 de maio de 2010

Sem Aviso

No começo veio a fumaça
Mas não me importei com isso
Eu fechei a janela
E fingi que não era comigo

Queria invadir minha casa
Mas eu fechei a porta
E acendi um incenso
Pra mascarar o cheiro cinza

Depois vieram as cinzas
Pretas e esfareladas
Como pragas de outono

Não me importando
Eu varri o chão
Pra elas não voltarem
E o tapete de boas vindas
Pra elas se tocarem

Não satisfeito
Eu fechei os poros da minha casa
De modo que agora não entre ninguém sem ser convidado

Sem aviso
O fogo tomou a propriedade
E tudo o que nela havia
Consumindo todos os meus pertences
Criando fumaça
Adotando cinza

4 comentários:

Richard Mathenhauer disse...

Saudações!

Gosta do Bertold Brecht?

Abraços!

Wanderley Elian Lima disse...

Olá menino sumido,Comigo tdo bem, e com vc?
Adorei sua visita, some não
Bjux

Tiago Fagner disse...

puts, muito legal mesmo!

Sempre querendo saber disse...

As vezes acontece isso né?
Uma dica?Sai daí se arrastando.No chão é onde tem mais oxigênio.
As vezes só depois da queda é que temos a dimensão do quanto aprendemos.

Xeru