
Enfim se encontraram mais uma vez no intuito de atravessar o canal que dá em direção a uma praia particular. Pelo caminho, enquanto discutiam o melhor trajeto, deixavam para trás todos os desentendimentos em meio a paisagem verde que se formava a cada passo adiante.
Sentaram-se para brindar mais uma vez o reencontro:
_ Você me excluiu da sua vida.
Disse ele utilizando do olhar mais carente e ameaçador que o outro jamais tinha visto.
_Não exclui, eu apenas não quero ver a sua felicidade pelos olhos dos outros, apenas coloquei você fora o meu alcançe.
Depois de brindarem a natureza chegaram a uma praia paradisíaca. E enquanto sentiam o esfregar da areia fofa entre os dedos com o dançar refrescante das ondas do mar, eles se olhavam e sorriam feito duas crianças que acabavam de ganhar o melhor de todos os presentes.
Começaram mergulhando de olhos abertos à procura de conchinhas até pegar carona com as ondas que insistiam em encher suas sungas de areia. Cantarolavam as canções jamais esquecidas em dueto convidativo. A sinfonia era tão peculiar que prendia de modo singular a atenção momentânea de alguns invejosos e solitários.
Aquele dia foi, certamente, o mais bonito dos dias que passaram. Logo, dias como esses jamais se repetiram, visto que um deles não se encontra mais em dado local.
Perdeu-se na rebentação, outro estado, outro canal...