Incoerente
Disléxico
Estupidamente prepotente
Em cada verso
Um afresco pueril
Pintando cada impasse
Com azul-borracha
Apagando o guache
Ao Contrário
Deliciosamente irônico
Entre os espaços
.
.
Incompreensível?!
Agradeço somente aos ventos que passaram por minha pele,
ao tempo que não cessa um minuto tirando o restante de vida que ainda me restam,
aos restos do comida indigestos alimentando os indigentes,
aos venenos que alucinam os bitolados nas noites de sábado,
a minha carne macia e a todos que dela experimentaram,
as doenças do sexo e do sangue,
a todos os pedestres caminhando cegos nas ruas,
aos ouvintes,
aos leitores,
aos sentidos ausentes.
Um abraço!
(Athila Goyaz)